domingo, 3 de agosto de 2014

Capítulo 17

"Você sabe como eu sou.Já presenciou meus piores momentos. E, ontem a noite, disse que me queria mesmo assim." Ele esperou até que eu concordasse com a cabeça. "Esse foi o meu erro. Não acreditei que você tomaria essa decisão, mas deveria ter acreditado. É por isso que tenho sido tão cauteloso... Seu passado me assusta, Demetria."
 A ideia de que Nathan pudesse me afastar de era tão dolorosa que me encolhi sobre os joelhos. "Ele não tem todo esse poder."
"Não mesmo.E você também precisa aceitar que existe mais de uma solução para as coisas.Quem disse você precisa demais de mim? Quem disse que isso não é saudável? Não foi você. Está infeliz por que nega seus próprios instintos."
"Os homens não..."
"Foda-se.Nenhum de nós dois é normal.E isso não é um problema. É uma voz dentro da sua cabeça que está estragando tudo. Acredite em mim, sei do que você precisa. Aceite isso,mesmo quando achar que estou errado. E vou aceitar sua decisão de ficar comigo apesar dos meus defeitos. Certo?
Mordi meu lábio inferior,tentando esconder o fato de que estava tremendo,e concordei com a cabeça.
"Você não parece muito convencida" ,ele disse num tom suave.
" Estou com medo de me anular diante de você, Joseph. De perder o controle da minha vida, algo que lutei pra conseguir."
" Eu nunca deixaria isso acontecer", ele prometeu com convicção. " Só quero que agente fique seguro.O que sentimos um pelo outro não deveria ser a fonte de estresse que está sendo. Deveria ser nosso ponto de apoio, nosso porto seguro."
 Meus olhos se encheram de lágrimas só de pensar naquilo. " É isso que eu quero" ,sussurrei. "E muito."
" E vou fazer acontecer, meu anjo." Joseph inclinou a cabeça e me beijou de leve. " Vou tornar uma realidade pra nós dois. E você vai deixar as coisas acontecerem."

                                                                           *
"Hoje parece estar tudo bem melhor", comentou dr. Petersen quando Joseph e eu chegamos para nossa consulta de quinta á noite.
 Estávamos sentados bem perto um do outro , de mãos dadas. Joseph acariciou meus dedos com o polegar, e eu olhei e sorri, sentindo-me acolhida por aquele contato.
 O dr.Petersen abriu a capa que protegia seu tablet e se ajeitou na poltrona. "Vocês querem discutir alguma coisa em especial?"
 " A terça não foi nada fácil." ,eu disse baixinho.
 " Imagino. Mas vamos falar de segunda-feira á noite. Você pode me explicar o que aconteceu, Demetria?"
  Contei que, ao despertar de um pesadelo, vi-me aprisionada pelo de Joseph. Narrei tudo o que havia acontecido naquela noite e no dia seguinte.
"Então vocês não estão mais dormindo juntos?" , perguntou o dr. Petersen.
 "Sim"
"Esse pesadelos" , ele olhou para mim, " acontecem com frequência?"
"Não. A ultima vez antes de eu começar a namorar Joseph tinha sido há quase dois anos." Vi que ele começou a digitar rapidamente. Por algum motivo, sua sobriedade me deixava ansiosa. " Sou apaixonada por ele.", completei.
 Senti que Joseph ficou tenso.
 O dr. Petersen levantou a cabeça para me observar. Passou os olhos por Joseph e depois voltou a me encarar. "Disso eu nunca duvidei. Por que achou necessário dizer. Demetria?"
 Encolhi os ombros, sem graça, envergonhada ao notar Joseph estava olhando para mim.
 "Ela quer sua aprovação", Joseph comentou , bem sério.
 Essas palavras me deixaram nua, expondo-me completamente.
 "É isso mesmo?, o dr. Petersen me perguntou.
 "Não."
"Claro que é." A irritação na voz de Joseph era perceptível.
" Não é, não", argumentei, apersar de ter compreendido isso após o comentário. " É... É a verdade. É como eu me sinto."
Olhei bem para o dr. Petersen." A gente precisa dar certo. A gente vai fazer tudo dar certo ", enfatizei. "Só queria deixar bem claro que precisamos remar na mesma direção. Você precisa saber que a gente não vai desistir um do outro."
 "Demetria", ele abriu um sorriso compreensivo. "Você e Joseph têm muitos obstáculos  a superar, mas nada que seja intransponível."
 Soltei um suspiro de alívio. "Sou apaixonada por ele.", repeti, balançando a cabeça.
 Joseph ficou de pé em um pulo, apertando com força minha mão. "Você pode nos dar licença um minuto, doutor?"
 Confusa e um tanto preocupada, eu o segui até a sala de espera vazia, A recepcionista já tinha ido embora, era a ultima consulta do dia. Minha mãe já havia deixado bem claro que essas consultas fora do horário não era coisa habitual, e custavam bem caro. Fiquei feliz por Joseph estar disposto a pagá-las não uma, mais duas vezes por semana.
 Quando a porta se fechou atrás de nós, virei-me para ele. "Joseph, juro que não foi..."
 "Shh." Ele pegou meu rosto entre as mãos e me beijou, fazendo movimentos suaves mas sedentos com a boca.
 Com susto, demorei um pouquinho para deslizar minhas mãos pelo seu paletó e abraçar sua cintura esbelta. Sua língua entrou uma vez na minha boca, e eu deixei escapar um gemido.
 Ele me soltou e eu o encarei. Parecia ser o mesmo  executivo lindíssimo de terno escuro que eu havia visto no dia em que nos conhecemos, mas a expressão do seu rosto...
 Senti um nó na garganta.
Toda aquela intensidade e determinação, todo aquele desejo... Seus dedos acariciavam meu rosto, deslizaram pela minha garganta. Ele ergueu meu queixo e me beijou de levinho. Apesar de não ter dito nada, entendi tudo.
 Demos as mãos e voltamos para o consultório.
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Bom desculpa a demora pessoal net tinha caído e só consegui postar agora.
5 comentários para o próximo capítulo..
Gente poderiam fazer um enorme favor entre nesse blog que meu irmão fez -_-  por favor http://assuntoganhar.blogspot.com.br/ agradeço desde já.

2 comentários:

  1. Queroo maais!! Agora eles vao pra frente!! Se corinne aparecer me coloca na historia que e sumo com ela rapidinho, silenciosamente, sem nenhum rastro kkkkk

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