quinta-feira, 23 de julho de 2015

Desculpas!

Galera, infelizmente terei que parar com a história,  bom quem quiser ler ela por completo é só procurar na net, ela é uma adaptação que fiz, desculpem

quarta-feira, 25 de março de 2015

Capítulo 28 [1/2]

Joseph e eu chegamos a Manhattan no domingo, pouco antes da meia noite.

Dormimos em camas separadas na noite anterior, mas passamos a maior parte do dia juntos na suíte. Beijando e tocando um no outro. Rindo e cochichando.

Graças a uma espécie de acordo silencioso, não falamos mais sobre assuntos desagradáveis durante todo o restante do retiro. Não ligamos a televisão nem o rádio, porque queríamos dedicar todo o nosso tempo um ao outro. Nós demos mais uma caminhada pela praia. Fizemos amor sem pressa, de maneira quase preguiçosa, no de que do terceiro andar. Jogamos baralho, e ele venceu todas as partidas. Recarregamos as baterias e deixamos bem claro novamente um para o outro que valia a pena nossa relação.

Foi o dia mais perfeito da minha vida.Fomos para meu apartamento na volta à cidade. Joseph abriu a porta com sua própria chave e entramos na sala escura procurando não fazer barulho, para não acordar Cary. Joseph me deu um de seus beijos apaixonados e foi dormir no quarto de hóspedes, enquanto eu me ajeitei na minha cama, que parecia vazia sem ele. Eu já sentia sua falta. Fiquei me perguntando por quanto tempo ainda precisaríamos dormir em quartos separados. Mais alguns meses? Ou anos?

Para fugir daqueles pensamentos, fechei os olhos e logo estava cochilando.

A luz acendeu.

"Demetria . Acorda." Joseph entrou no meu quarto, foi diretamente até o closet e começou a mexer nas minhas roupas.

Piscando, vi que ele estava totalmente vestido, usando calça e uma camisa social. "O que aconteceu?"

"É Cary", ele disse, bem sério. "Ele está no hospital."

Um táxi já estava à nossa espera quando saímos do prédio. Joseph deixou que eu entrasse primeiro, depois assumiu seu lugar ao meu lado.

O táxi parecia estar andando bem devagar. Tudo parecia estar em câmera lenta.

Agarrei a manga da camisa de Joseph. "o que aconteceu?"

"Ele foi agredido na sexta à noite."

"Como é que você sabe?"

"Sua mãe e Stanton deixaram recado no meu celular."

"Minha mãe...?" Eu o olhei sem entender nada. "Por que ela não..."
Ela não tinha como me ligar. Eu estava sem celular. Fui imediatamente dominada pela preocupação e pelo sentimento de culpa. Mal conseguia respirar.


"Demetria."

Ele passou o braço pelos meus ombros e me fez apoiar a cabeça em eu corpo. "Não fique se remoendo. Primeiro vamos ver como ele está."
"Mas já faz dias, Joseph.E eu não estava lá."


As lágrimas começaram a descer pelo meu rosto e não pararam mais, mesmo depois de chegarmos ao hospital. Não consegui reparar em nada no exterior do edifício, minha atenção estava voltada totalmente para a ansiedade que me consumia. Agradeci a Deus por estar acompanhada de Joseph, sempre calmo e senhor da situação. Um funcionário nos forneceu o número do quarto de Cary, mas

não poderia nos ajudar em mais nada. Joseph teve que fazer uma série d e telefonemas em plena madrugada para garantir nosso acesso ao quarto fora do horário de visita. Ele tinha o costume de fazer doações generosas,

e esse fato nunca era ignorado quando fazia algum pedido.

Ao entrar no quarto e ver o estado de Cary, meu coração se desfez em pedaços e minhas pernas fraquejaram. Se não fosse por Joseph, eu teria desabado.

O homem que eu considerava meu irmão, o melhor amigo que tinha na vida, estava deitado em silêncio completo, imóvel em uma cama. Sua cabeça estava toda enfaixada e seus olhos estavam roxos. Um dos braços estava engessado e pelo outro ele tomava soro. Eu não o teria reconhecido se não o conhecesse tão bem.

Havia flores em todas as superfícies visíveis, buquês alegres e coloridos.

Balões também, e alguns cartões. Eu sabia que muita coisa ali tinha sido enviada por minha mãe e Stanton, que certamente se encarregariam da conta do hospital também.
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Olá fofuras, td bem com vcs? Bom mais um capítulo postado e a coisa vai esquentar daqui pra frente, vou postar a outra parte amanhã até lá. Bjocas


sábado, 21 de março de 2015

Capítulo 27

Tomamos um banho de chuveiro e tiramos um cochilo que durou todo o restante da manhã. Foi muito gostoso poder dormir ao meu lado de novo, com o travesseiro apoiado em seu peito, meu braço largado sobre sua barriga durinha e minhas pernas enroscadas com as dele. Quando acordamos, pouco depois da uma da tarde, eu estava faminta. Descemos para a cozinha juntos, e  descobri que gostava do visual hipermoderno daquele lugar.
As portas de vidro dos armários e o granito das bancadas combinavam perfeitamente com a madeira nobre do piso. Para tornar tudo ainda melhor, a despensa estava lotada. Não precisávamos sair de casa para nada. Optamos pela lei do menor esforço e fizemos sanduíches, que levamos para a sala e comemos com as pernas cruzadas, virados um para o outro. Já estava na metade do meu quando me surpreendi Joseph me olhando com um sorriso no rosto.
“Que foi?”, perguntei entre uma mordida e outra.
“Arnoldo tem razão. É divertido ver você comer.”
“Ah, fica quieto.”
Seu sorriso se escancarou. Ele parecia tão despreocupado e feliz que senti um aperto no peito.
“Como foi que você descobriu este lugar?”, perguntei. “Ou foi Scott?”
“Fui eu.”
Ele enfiou uma batata frita na boca e lambeu o sal dos lábios, o que achei absurdamente sexy.
"Queria levar você para uma ilha, onde ninguém pudesse incomodar a gente. Este lugar é quase isso, descontando o contratempo da duração da viagem. Era para a gente ter vindo de avião."
Eu me distraí enquanto comia, lembrando a longa viagem para chegar até ali. Por mais enlouquecedora que pudesse ter sido, havia algo de excitante na ideia de que ele precisou reprogramar tudo apenas para poder me foder intensamente durante horas, tudo isso só para que eu pudesse encarar uma verdade que me recusava a enxergar. Só de imaginar toda a frustração e toda a raiva que o levaram a planejar aquilo... seus pensamentos voltados em liberar toda a sua paixão sobre meu corpo desejoso e indefeso...
" Você está com uma carinha de quem quer trepar..." , ele observou. " E depois vem dizer que o tarado sou eu."
" Desculpa."
" Não foi uma reclamação."
 Decidi voltar meus pensamentos para eventos mais desagradáveis da noite. " Acho que Arnaldo não gostou muito de mim."
 Ele ergueu uma das sobrancelhas . " Você está com a maior cara de tesão e estava pensando em Arnaldo? Vou ter que dar uma surra nele também?
“Não. Que coisa... Só falei nisso pra desviar o foco do sexo, e porque é uma coisa sobre a qual precisamos conversar.”
Ele deu de ombros. “Falo com ele."
" Acho que quem precisa fazer isso sou eu, na verdade."
Joseph me encarou com seus olhos azuis encantadores. “E o que você vai dizer?”
 
“Que ele tem razão. Que eu não mereço você e que pisei na bola. Só que estou apaixonada demais e preciso de uma chance pra provar que posso te fazer feliz.”
“Meu anjo, se eu fosse mais feliz do que você me faz, viraria uma pessoa disfuncional.” Ele pegou minha mão e beijou a ponta dos meus dedos.
 “Não interessa o que os outros pensam. A gente tem nosso próprio ritmo e está contente
com ele.”
 
“Você está mesmo contente?” Peguei minha garrafinha de chá gelado de
cima da mesa e dei um gole. “Sei que tudo isso é bem desgastante pra você. E se essa dureza toda for mais do que a gente é capaz de suportar?”
“Essa sua conversa é bem sugestiva...”

“Ai, meu Deus.” Dei risada. “Você é terrível.”

Seus olhos brilhavam de divertimento. “Não é isso que você costuma dizer.”
Balancei a cabeça e voltei minha atenção para o sanduíche.
“Prefiro brigar com você, meu anjo, a rir e me divertir com qualquer outra pessoa.
 Minha nossa. Precisei de alguns instantes a mais para engolir o último pedaço que estava na minha boca.
“Você sabe, né? Que te amo de paixão?”
Ele sorriu. “Sei.”
Depois que limpamos a sujeira do almoço, larguei a esponja na pia e anunciei:
“Preciso dar o telefonema semanal para meu pai”.
Joseph sacudiu a cabeça. “Sem chance. Você vai ter que esperar até segunda.”
“Hã? Por quê?”
Ele me encurralou no balcão, posicionando as mãos em torno de mim.
“Aqui não tem telefone.”
“Sério? E o seu celular?” O meu havia ficado em casa, pois não tinha onde
carregá-lo no show e não havia motivo para levá-lo comigo.
“Está a caminho de Nova York, com a limusine. Estamos sem internet também.
Mandei tirar o modem e os telefones antes de chegarmos.”
Fiquei sem saber o que dizer. Com tantos compromissos e tanta responsabilidade
nas costas, Joseph se desconectar do mundo daquela maneira durante o fim de semana era... inacreditável. “Uau. Quando foi que a última vez que você ficou incomunicável desse jeito?"
“Hum... acho que nunca fiquei.”
“Deve haver pelo menos meia dúzia de pessoas surtando por não conseguir falar com você.”
Ele deu de ombros, despreocupado. “Elas se viram.”
Senti uma onda de prazer percorrer meu corpo. “Então vou ter você todinho só pra mim?”
“Exatamente.” Ele abriu um sorriso malicioso. “O que vai querer fazer comigo, meu anjo?”
Sorri de volta, extasiada. “Vou pensar em alguma coisa, pode ter certeza.”
Fomos dar um passeio na praia.
Vesti uma das calças de pijama de Joseph, que enrolei até as canelas, e minha regatinha branca, o que era uma indecência, porque meu sutiã estava a caminho de Nova York com o celular de Joseph.
“Acho que morri e fui para o paraíso”, ele anunciou, olhando para meus peitos enquanto caminhávamos pela areia, “onde a encarnação de todas as minhas fantasias masturbatórias de adolescência existe de verdade e é toda minha.”
Bati no ombro dele com o meu. “Como é que você consegue passar de deliciosamente
romântico para tarado e grosseiro em tão pouco tempo?”
“Esse é mais um dos meus talentos.” Seus olhos estavam de novo voltados para meus mamilos endurecidos, uma cortesia da brisa do mar. Ele apertou minha mão e soltou um suspiro de felicidade um tanto teatral. “Estou no paraíso com meu anjo. Não existe nada melhor que isso.”
 
Fui obrigada a concordar. A praia era linda e tinha um visual selvagem e indomado que lembrava bastante o homem que estava ao meu lado. O som das ondas e o barulho das gaivotas me proporcionavam um contentamento inigualável. A água fria batia em meus pés descalços, e o vento lançava meus cabelos s
obre meu rosto. Fazia tempo que eu não me sentia tão bem, e fiquei feliz por Joseph ter reservado aquele tempinho só pra nós. Quando estávamos sozinhos, tudo parecia perfeito.
por Joseph ter reservado aquele tempinho só para nós. Quando estávamos sozinhos,
“Você gostou daqui”, ele percebeu.
“Sempre gostei de ficar perto da água. O segundo marido da minha mãe tinha uma casa no lago. Eu me lembro de caminhar com ela pela margem, como estamos fazendo agora, e sempre pensei em comprar uma casinha perto da água pra mim algum dia.”
Ele soltou minha mão e me abraçou pelo ombro. “Então vamos fazer isso.
Que tal essa casa em que estamos? Você gostou?”
 
Eu me virei para Joseph e adorei vê-lo com os cabelos todos bagunçados pelo vento. “Está à venda?”
Ele olhou para a praia que se estendia diante de nós. “Tudo no mundo está à venda. Basta pagar o preço.”
“E você gostou?”
“Ela é meio morta por dentro, com todo aquele branco, mas gostei da suíte principal. O resto podemos mudar e deixar do nosso jeito.”
“Nosso jeito”, repeti, perguntando-me qual seria. Eu adorava o apartamento dele, com sua elegância tradicional. Acho que ele se sentia à vontade no meu apartamento também, que tinha um toque moderno. Uma combinação dos dois... “Seria um grande passo comprar um imóvel juntos.”
“Um passo inevitável”, ele corrigiu. “Você mesma disse para o doutor
Petersen que não vamos desistir um do outro.”
“É, eu disse mesmo.” Caminhamos mais um pouco em silêncio. Tentei descobrir como me sentia quanto ao fato de Joseph querer que tivéssemos um vínculo concreto entre nós. E também entender por que uma propriedade conjunta era a maneira que havia escolhido para isso. “Então posso deduzir que você também gostou daqui, certo?”
“Gosto de praia.” Ele tirou o cabelo do rosto com a mão. “Tenho uma foto minha e do meu pai fazendo um castelo na areia.”
Não sei nem como consegui me equilibrar sobre meus pés. Joseph quase nunca falava voluntariamente sobre seu passado, o que tornava aquela revelação um acontecimento. “Eu gostaria de ver.”
“Está com minha mãe.” Demos mais alguns passos antes que ele dissesse:
“Eu pego pra você”.
“Posso ir junto.” Joseph ainda não havia me contado por que, mas a casa dos Vidal era um pesadelo para ele. Eu desconfiava que o trauma que deu origem à sua parassonia tinha acontecido ali.
Joseph respirou profundamente, fazendo seu peito subir e descer. “Posso mandar alguém buscar.”
 
“Tudo bem.” Virei a cabeça e beijei a mão que estava apoiada em meu ombro.
“Mas minha oferta continua de pé.”
“O que você achou da minha mãe?”, ele perguntou, do nada.
"Ela é muito bonita. Muito elegante. E me pareceu muito agradável.” Eu o observei bem, reconhecendo os cabelos escuros e os olhos azuis deslumbrantes de Elizabeth Vidal. “Ela parece te amar muito. Dava pra ver nos olhos dela.”
Joseph continuou olhando para a frente. “Esse amor não foi suficiente.”
Perdi o fôlego. Como não sabia a causa de seus terríveis pesadelos, achei que talvez sua mãe o amasse mais do que o normal. Foi um alívio saber que não era esse o caso. O fato de seu pai ter cometido suicídio já era ruim o bastante.
Ser abusado pela própria mãe poderia gerar um trauma quase irrecuperável.
“Por que não foi suficiente, Joseph?”
 
“Mas é claro que você acredita em mim, meu anjo. Já dividiu a cama comigo.”
Peguei seu rosto com as mãos e olhei no fundo de seus olhos. “Eu acredito em você.”
Seu rosto se contorceu em uma expressão de dor antes que ele me abraçasse com força.“Demetria.”
Enlacei sua cintura com as pernas e seus ombros com os braços. “Acredito em você.”
Quando voltamos à casa, Joseph foi até a cozinha abrir uma garrafa de vinho e eu fiquei olhando os livros nas estantes. Abri um sorriso ao me deparar com o primeiro volume da série com o protagonista que me fazia lembrar dele, um dos motivos para chamá-lo de “garotão”.
Deitamos no sofá, e eu fiquei lendo em voz alta enquanto ele brincava distraidamente com meus cabelos. Joseph se manteve pensativo depois da nossa
caminhada, com a cabeça bem longe. Não me incomodei com isso. Tínhamos feito uma série de revelações um para o outro ao longo dos dois últimos dias, e um período de reflexão era necessário.
Quando a maré subiu, chegou de fato até debaixo da casa, produzindo um som incrível e um visual ainda mais impressionante. Saímos para o deque para ver o vai e vem das ondas, que transformava a casa em uma ilha flutuante.
“Vamos derreter chocolate e comer com marshmallow”, sugeri, inclinando-me o gradil quando Joseph laçou por  trás . "agente pode acender a lareira."
Ele mordeu minha orelha e sussurrou: “Prefiro lamber o chocolate derretido do seu corpo."
 
Sim, por favor... “Não vai me queimar?”
“Não se a gente fizer direito.”
Ele me pegou e me pôs sentada no gradil quando me virei para encará-lo.
Depois se posicionou entre minhas pernas e me abraçou pelos quadris. Observando
o sol se pôr no oceano, fomos envolvidos por aquele clima de paz. Acariciei
seus cabelos com os dedos, embalada pela brisa que os sacudia.
“Você chegou a falar com Ireland?”, perguntei, querendo saber de sua
meia-irmã, que era tão linda quanto a mãe. Eu a havia conhecido numa festa da
Vidal Records e não precisei de muito tempo para notar que ela estava desesperada
por um pouco de atenção por parte do irmão mais velho.
“Não.”
"Que tal você leva-la pra jantar lá em casa quando meu pai estiver na cidade?"
Ele inclinou a cabeça para me observar melhor. “Você quer que eu convide uma menina de dezessete anos pra jantar comigo e com seu pai?"
“Não, quero que minha família conheça a sua.”
“Ela vai ficar entediada.”
“Como é que você sabe?”, perguntei. “Acho que sua irmã idolatra você.
Com um pouquinho de atenção da sua parte, ela tem tudo pra ser uma ótima companhia."
“Demetria." Suspirou claramente incomodado. "Cai na real. Não tenho menor ideia do que conversar com uma adolescente."
“Ireland não é uma garota qualquer, ela é sua...”
“Mas é como se fosse!” Ele franziu o rosto.
Foi quando percebi. “Você tem medo dela.”
“Qual é?!”, ele ironizou.
“Tem mesmo. Ela assusta você.” E eu duvidava que isso tivesse a ver com a idade da irmã dele ou o fato de ser menina."
“O que foi que deu em você?”, ele protestou. “Está cismada com Ireland. Esquece que ela existe."
“Ela é a única pessoa da sua família com quem você pode contar, Joseph."
Pelo menos era assim que eu queria que ele pensasse. Seu irmão Christopher era um canalha e sua mãe não merecia que ele fizesse parte da sua vida.
 
“Posso contar com você!”
"Amor..."Suspirei e o enlacei com minhas pernas. “Claro que você pode
contar comigo. Mas isso não significa que não existe espaço na sua vida para outras pessoas que te amam."
“Ela não me ama”, Joseph mumurou." Nem me conhece."
“Acho que você está enganado, mas, mesmo se não estiver, Ireland vai aprender a amar você quando te conhecer melhor. É só abrir espaço pra isso."
“Já chega. Vamos voltar a falar do chocolate.”
Tentei insistir, mas era impossível. Quando ele dava um assunto por encerrado, não adiantava continuar falando. Eu teria que arrumar outro jeito de abordar a questão.
Passei meus dedos sobre seus ombros e seu peito. “Eu até deixaria você me lambuzar todinha de chocolate. E adoraria despejar um pouco sobre você também."
Ele ergueu as sobrancelhas. “Está tentando me subornar com favores sexuais de novo?"
“Quando foi que eu disse isso?” Pisquei, fingindo-me de inocente. “Não me lembro de ter dito nada disso."
“Está implícito na conversa. Vamos ser bem claros.” Ele falou com uma voz assustadoramente grave. Seus olhos faiscavam, e sua mão agarrava um dos meus seios por baixo da blusa." Vou convidar Ireland para jantar com seu pai porque isso vai deixar você feliz, e assim eu também fico feliz.^"
Obrigada”, eu disse quase sem fôlego, porque ele estava acariciando de
forma ritmada meu mamilo, fazendo-me gemer de prazer.
“Vou fazer o que quiser com o chocolate derretido no seu corpo, porque se eu gostar também vai gostar. Sou eu que decido quando e como. Repita isso."
“É você que decide...” Eu soltei o ar com toda a força quando ele abocanhou meu outro mamilo por cima da roupa. " Nossa."
Ele me mordeu de leve. “Termine.”
Meu corpo todo ficou tenso em obediência àquele tom de voz autoritário.
“É você que decide quando e como.”
“Com algumas coisas você pode barganhar, meu anjo, mas no sexo não existe negociação."
Agarrei seus cabelos com as duas mãos, uma resposta instintiva à sua sucção deliciosa nos meus mamilos sensíveis. Eu havia desistido de tentar entender por que queria que ele estivesse no controle. Era essa minha vontade e ponto final." Como o que mais posso barganhar? Você tem tudo.
Seu tempo e sua atenção são duas coisas preciosas, que eu faria de tudo para conseguir."
Senti um tremor percorrer meu corpo. “Estou molhadinha pra você”, murmurei.
Joseph se afastou do gradil levando-me junto com ele. " E é justamente assim que eu quero."
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Bonecaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas, desculpem a demora o meu PC estava quebrado e não pude postar. Comenten bastante e até a próxima.Bjocas <3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  

 
 



sábado, 10 de janeiro de 2015

Capítulo 26

O robe de seda branca que encontrei pendurado no closet era maravilhoso, revestido por dentro com um tecido felpudo e bordado com fios prateados nas bainhas. Eu adorei, o que era ótimo, porque, aparentemente, era a única peça disponível naquela casa. Observei enquanto Joseph vestia uma calça de pijama de seda preta e amarrava o cordão para ajustá-la à cintura. "Por que você tem direito a roupas e eu só ganho um robe?" Ele me olhou através de uma mecha de cabelo que havia caído sobre seu rosto.

"Porque fui eu que providenciei tudo."

"Sem-vergonha."

"É só uma forma de facilitar o cumprimento de suas demandas sexuais insaciáveis."

" Minhas demandas insaciáveis?" Fui até o banheiro para tirar a toalha que estava enrolada na minha cabeça.

"Eu me lembro claramente de implorar pra você parar ontem à noite. Ou foi hoje de manhã?"

Ele foi atrás de mim e parou no vão da porta. "Você vai implorar para eu parar hoje à noite também. Mas agora vou fazer o café." Pelo espelho, vi um hematoma bem escuro quando ele se virou para sair. Estava localizado na parte inferior de suas costas, um local que eu não tinha visto até então.

"Joseph! Você está machucado! Me deixa ver isso!"

"Eu estou bem." Ele me respondeu já do meio da escada. "Não precisa exagerar."

Fui invadida pelo sentimento de culpa e por uma vontade terrível de chorar. Minhas mãos tremiam enquanto eu passava o pente pelos cabelos molhados.No banheiro havia os mesmos produtos de beleza que eu tinha em casa, mais uma prova do quanto Joseph era atencioso, mais uma coisa a evidenciar meus defeitos. Eu estava tornando a vida dele um inferno. Depois de tudo por que ele havia passado, a última coisa de que precisava era lidar com uma pessoa problemática como eu.

Ao descer até o primeiro andar, notei que ainda não estava pronta para me juntar a Joseph na cozinha. Precisava de um minuto sozinha para me recompor. Não queria estragar o fim de semana dele.

Saí pelas portas envidraçadas que levavam ao deque. O rugido das ondas e a brisa úmida e salgada me atingiram em cheio. A bainha do meu robe ondulava suavemente ao vento, refrescando-me e revigorando-me ao mesmo tempo.

Respirei fundo, agarrei com força o gradil do deque e fechei os olhos, tentando encontrar a paz que aplacaria a preocupação de Joseph. Somente eu era capaz de fazer de mim mesma uma pessoa mais forte, o que era absolutamente necessário se quisesse fazê-lo feliz e transmitir a segurança que ele tanto desejava. A porta se abriu atrás de mim e suspirei antes de me virar e encara-lo com um sorriso.

Joseph apareceu com duas canecas fumegantes — uma de café preto e outra de café com leite. Eu sabia que estaria do jeito como eu queria, porque ele conhecia exatamente o meu gosto.

Não porque eu havia dito, mas porque ele prestava atenção em tudo a meu respeito.

"Pare de se torturar", ele disse,muito sério, deixando as canecas sobre o gradil. Suspirei. Obviamente, um sorriso não era suficiente para esconder meu estado de espírito. Ele me conhecia bem demais.

Joseph pegou meu rosto entre os dedos e me encarou. "Esse assunto está encerrado. Esquece isso."

Passei os dedos pelo lugar onde tinha visto o hematoma.

"Isso precisava acontecer", ele se limitou a dizer. "É sério. Fica quieta e me escuta. Acho que entendi o que você sente em relação a Corinne. Sinceramente, achava um exagero da sua parte. Mas estava errado. Agi como um imbecil egoísta."

"Mas eu estou mesmo exagerando. Não tenho por que odiá-la tanto assim. Não consigo pensar nela sem sentir impulsos violentos."

"Agora eu entendo isso. Antes não entendia." Ele deu um sorriso amarelo. "Às vezes só um evento dramático é capaz de me ensinar a ver as coisas de outro jeito. Por sorte, você é muito boa nisso."

"Não tenta amenizar as coisas, Joseph. Você podia ter se machucado feio por minha causa."

Ele me pegou pela cintura quando fiz menção de me virar.

"Eu me machuquei feio por sua causa, sim. Ver você abraçada com outro cara, beijando a boca dele..." Seus olhos brilharam de raiva. "Aquilo acabou comigo, Demetria. Cortou meu coração e me deixou sangrando. Parti para o ataque como uma forma de autodefesa."

"Nossa", eu disse quase sem fôlego, aturdida por sua sinceridade brutal. "Joseph."

"Estou com muita raiva de mim mesmo por não ter entendido o que você sente por Corinne. Se um beijo já foi capaz de me fazer sentir daquele jeito..."

Ele me abraçou com força, com um dos braços no meu quadril e outro nas minhas costas, para que sua mão pudesse agarrar minha nuca e me prender. Capturar-me.

"Se você me traísse", ele continuou com a voz embargada, "acho que eu morreria."

Virei a cabeça e beijei seu pescoço. "Aquele beijo idiota não significou nada. Significou menos do que nada, aliás."

Ele agarrou meus cabelos e puxou minha cabeça para trás. "Você não sabe o que seus beijos significam pra mim, Demetria. Não dá para sair beijando outra pessoa e dizer que foi só uma coisinha idiota..."

Joseph abaixou a cabeça e juntou seus lábios aos meus. O beijo começou suave, doce e provocador, com leves lambidas no meulábio inferior. Abri a boca para ampliar o contato. Ele virou a cabeça e enfiou a língua na minha boca. Seus movimentos rápidos e não muito profundos só faziam aumentar meu desejo. Enfiei os dedos por entre seus cabelos molhados e fiquei na ponta dos pés para que o beijo pudesse se tornar mais profundo.

Gemi ao sentir que ele sugava minha língua e me encostei um pouco mais em seu corpo. Seus lábios se moviam contra os meus, cada vez mais quentes e úmidos. Estávamos nos devorando, fic-ando mais excitados a cada segundo, como se estivéssemos trepando apenas com a boca, transando apaixonadamente através dos lábios, dos movimentos da língua e das leves mordidas. Eu arfava de desejo por ele, atacava-o com meus lábios, soltando gemidos de tesão pela garganta.

Seus beijos eram espetaculares. Era quando ele se mostrava por inteiro, sua força, sua paixão, seu desejo e seu amor. Nada ficava de fora, estava tudo ali. Ele se expunha completamente.

A tensão começou a tomar conta de seu corpo poderoso, sua pele acetinada estava cada vez mais quente. Sua língua se enfiou de uma vez na minha boca, enroscando-se com a minha. Sua respiração acelerada se misturava à minha, enchendo meus pulmões.

Meus sentidos estavam todos imersos nele, no seu gosto, no seu cheiro, e minha cabeça girava a mil por hora enquanto eu virava a cabeça, em uma tentativa de senti-lo ainda mais profundamente.

Eu queria lambê-lo com mais força, sugá-lo com mais força. Devorá-lo. Eu o queria demais.

Suas mãos percorriam minhas costas, trêmulas e inquietas. Ele grunhiu, e senti meu sexo se contrair em resposta. Ele desamarrou o cordão do meu robe, enfiando as mãos por entre suas metades abertas para agarrar meus quadris e encravou os dentes no meu lábio inferior, para depois acariciá-lo com a língua.

Gemi, querendo mais. Minha boca estava inchada e sensível.

Por mais perto que estivéssemos um do outro, a proximidade nunca parecia suficiente. Joseph agarrou minhas nádegas e me puxou para cima dele. Senti sua ereção como uma barra de aço incandescente queimando minha barriga através do tecido da calça. Ele interrompeu o beijo e depois atacou minha boca de novo, preenchendo-me com o gosto de seu desejo, proporcionando-me tanto prazer com o toque aveludado de sua língua que seu gesto ganhou ares de tortura para mim. Ele sentiu um tremor violento e soltou um rugido, remexendo os quadris.

Seus dedos apertavam minha bunda, e seu grunhido reverberou com força contra meus lábios. Senti seu pau pulsar entre nós, depois seu jorro morno e delicioso na minha pele. Ele gozou soltando um ruído atormentado, encharcando a seda do pijama.

Gemi alto, desfazendo-me e desmanchando-me toda, enlouquecidamente excitada por conseguir fazê-lo perder o controle só com um beijo.

Aos poucos ele foi me soltando, ofegante. "Seus beijos são meus ."

"Sim. Joseph..."

Eu estava abalada, fragilizada emocionalmente pelo momento mais erótico que já havia vivenciado.

Ele ficou de joelhos e me chupou até que eu chegasse a um clímax arrebatador.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Capítulo 25

Eu estava deitada com os olhos fechados, as costas apoiadas no peito de Joseph, ouvindo o som da água se agitando enquanto ele passava as mãos sobre meu corpo na banheira com pés de bronze. Ele havia lavado meu cabelo e meu corpo.

Estava me fazendo um mimo, um agrado. Sabia que precisava se redimir da noite anterior, da maneira como havia me feito encarar a verdade — uma verdade que ele conhecia, mas precisava confirmar de uma vez por todas. Como Joseph era capaz de me entender tão bem, algo que eu mesma não conseguia?

"Me conta sobre ele", murmurou, abraçando-me pela cintura. Respirei fundo, mas aquela pergunta sobre Brett não me pegou de surpresa. Eu também conhecia muito bem meu amante.

"Primeiro me diz se ele está bem." Joseph fez uma pausa antes de responder.

"Não sofreu nenhum ferimento grave. Você se importaria se ele estivesse muito machucado?"

"Claro que me importaria." Ouvi seus dentes rangerem.

"Quero saber sobre vocês dois", Joseph exigiu, muito sério.

"Não."

"Demetria..."

"Não fale assim comigo, Joseph. Estou cansada de ser um livro aberto enquanto você guarda um monte de segredos." Virei a cabeça para o lado e apoiei a bochecha em seu peito.

"Se tudo o que você tem a me oferecer é seu corpo, eu aceito. Mas não vou dar mais nada em troca."

"Ou seja, você não quer. Vamos tentar ser..."

"Eu não consigo." Inclinei-me para a frente para poder virar e encará-lo. "Olha só o que está acontecendo comigo! Eu magoei você ontem à noite. De propósito. Sem nem me dar conta disso, porque estava remoendo um ressentimento terrível enquanto tentava me convencer de que consigo viver sem saber de todas essas coisas que você não quer me contar."

Ele se sentou e abriu os braços. "Estou me abrindo com você, Demetria! Você age como se não me conhecesse... como se tudo se resumisse ao sexo... mas você sabe mais sobre mim que qualquer outra pessoa."

"Vamos falar sobre o que eu não sei. Por que você é praticamente o dono da Vidal Records? Por que odeia a casa em que foi criado? Por que tem uma relação tão distante com sua família? O que você tem contra o doutor Terrence Lucas? Aonde tinha ido naquela noite em que tive um pesadelo? O que está por trás dos seus pesadelos? Por quê..."

"Já chega!", ele gritou, passando as mãos pelos cabelos molhados.

Eu me recostei, observando-o enquanto claramente lutava para se controlar. "Você devia saber que pode me contar qualquer coisa", eu disse baixinho.

"Ah, posso?" Ele me lançou um olhar penetrante. "O que sabe já não é suficiente para atormentar você? Quanto mais é capaz aguentar antes de sumir de vez da minha vida?"

Apoiei os braços nas bordas da banheira, encostei a cabeça e fechei os olhos. "Muito bem, então. Vamos ser meros companheiros de cama que discutem uma vez por semana na terapia. Que bom que esclarecemos isso."

"Eu trepei com ela", ele confessou. "Pronto. Está feliz agora?"

Sentei tão depressa que até derramei água para fora da banheira. Meu estômago deu um nó. "Com Corinne?"

"Não, porra." Ele ficou vermelho. "Com a mulher de Lucas."

"Ah..."

Eu me lembrei da foto que tinha visto na pesquisa que fiz no Google. "Ela é ruiva." Foi a única coisa que consegui dizer.

"Minha atração por Anne se baseava inteiramente na relação dela com Lucas." Franzi a testa, confusa. "Mas você e o doutor Lucas já tinham uma inimizade antes desse lance com a mulher dele? Ou começou por causa disso?" Joseph apoiou o cotovelo na borda da banheira e esfregou o rosto.

"Ele me afastou da minha família. Só retribuí a gentileza."

"Você fez com que eles se separassem?"

"Fiz com que ela quisesse a separação." Joseph suspirou, tenso.

"Ela veio falar comigo em um evento. Nem dei muita bola, pelo menos até descobrir quem era. Sabia que Lucas ficaria arrasado se a levasse pra cama. Então, quando a oportunidade surgiu, aproveitei. Era para ser só uma transa, mas Anne me ligou no dia seguinte. Como eu sabia que ele ficaria ainda mais magoado ao descobrir que ela quis mais, deixei acontecer. Quando estava a ponto de largar o marido por minha causa, mandei Anne de volta para ele."

Fiquei olhando para Joseph, para seu embaraço um tanto relutante. Ele certamente faria tudo de novo, caso tivesse a chance, mas não sentia orgulho daquilo.

"Diga alguma coisa!", ele gritou.

"Ela achou que você estava apaixonado?"

"Não. Porra, posso até ser um canalha por ter comido a mulher de outro, mas nunca prometi nada. Queria atingir Lucas através dela, não esperava esse efeito colateral. Se fosse hoje, não teria deixado a coisa chegar a esse ponto."

"Joseph", suspirei e sacudi a cabeça negativamente.

"O quê?" Ele estava inquieto, tenso, exalando uma energia nervosa. "Por que você disse meu nome desse jeito?"

"Porque você é ingênuo demais para a inteligência que tem. Você dormiu com essa mulher um monte de vezes e ainda fica surpreso por ela se apaixonar?"

"Deus." Ele jogou a cabeça para trás com um grunhido. "Lá vem você de novo com essa história."

Ele se endireitou de maneira abrupta. "Quer saber de uma coisa? Pode continuar pensando que eu sou um presente de Deus para as mulheres, meu anjo. Vou ficar mais tranquilo se você achar que nunca vai conseguir encontrar alguém igual a mim."

Joguei água nele. A facilidade com que desdenhava de seus atributos físicos era bem parecida com a minha. Ambos conhecíamos nossos pontos fortes e sabíamos tirar proveito deles. Só não éramos capazes de entender o que nos tornava tão especiais a ponto de as pessoas se apaixonarem por nós.

Joseph se inclinou para a frente e segurou minhas mãos. "Agora me conta sobre você e Brett Kline."

"Você não me contou o que o doutor Lucas fez pra te deixar tão irritado."

"Contei, sim."

"Não em detalhes", argumentei.

"É sua vez. Desembucha."

Precisei de um longo tempo para escolher bem as palavras. Homem nenhum queria uma vadia em recuperação como namorada. Mas Joseph esperou com toda a paciência. E obstinação. Eu sabia que só sairia daquela banheira depois de contar a ele sobre Brett.

"Para Brett eu era só uma transa fácil e garantida", fui logo confessando, querendo encerrar a conversa o mais depressa possível.

"E aceitei essa situação, me sujeitei a um monte de coisas por isso. Nessa época, o sexo era a única forma que eu conhecia de me sentir amada."

"Ele fez uma canção de amor pra você, Demetria."

Olhei para o outro lado. "Mas a verdade sobre nós daria uma música nem um pouco romântica, sabia?"

"Você era apaixonada por ele?"

"Eu... não."

Olhei para Joseph quando ele soltou um suspiro audível, como se estivesse prendendo a respiração até então.

"Eu sentia atração por ele, pelo jeito como cantava, mas era uma coisa totalmente superficial. Nem conhecia o cara direito, na verdade."

Seu corpo inteiro relaxou visivelmente.

"Então era meio que... uma fase? É isso?"

Confirmei com a cabeça e tentei soltar as mãos, queria pelo menos poder me esconder atrás da minha vergonha. Eu não culpava Brett nem nenhum dos outros caras com quem me envolvi pelo que minha vida sem tornou naquela época. A culpa era minha e de mais ninguém.

"Vem cá." Joseph me pegou pela cintura e me puxou para mais perto, juntando-me ao seu peito de novo. Seu abraço era a sensação mais maravilhosa do mundo.

Suas mãos acariciavam minhas costas, reconfortando-me."Não vou mentir pra você. Tenho vontade de encher de porrada todos os homens que passaram pela sua vida e seria bom se você os mantivesse bem longe de mim, mas nada a respeito do seu passado vai mudar o que sinto por você. Além disso, sei que também não sou nenhum santo..."

"Eu queria esquecer tudo isso", murmurei.

"Não gosto de me lembrar da pessoa que já fui."Joseph apoiou o queixo na minha cabeça.

"Eu sei como é. Por mais que me lavasse depois de transar com Anne, nada era capaz de impedir que me sentisse sujo."

Apertei seus braços ao redor da minha cintura, um sinal de que o entendia e queria reconfortá-lo. Para a minha felicidade, eu também me sentia aceita e reconfortada.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Capítulo 24

"Meu anjo." A voz de Joseph preencheu meus ouvidos em uma onda morna. "Acorda." Eu gemi, fechando os olhos com ainda mais força e afundando ainda mais a cabeça em seu pescoço. "Me deixa em paz, seu tarado."

Sua risada silenciosa me fez estremecer. Ele estalou um beijo na minha testa e começou a levantar. "Já chegamos."

Abrindo um dos olhos, vi quando ele vestiu a camiseta preta. A calça continuava lá. Notei que o dia já estava claro. Sentei e olhei pela janela, tomando um sustou ao me ver de frente para o mar. Lembrava que havíamos parado para abastecer, mas não estava em condições de descobrir aonde íamos. Joseph tinha se recusado a contar quando perguntei, limitando-se a informar que era uma surpresa "Onde estamos?", murmurei, admirada com a visão do sol acima da água.A manhã já estava alta. "Na Carolina do Norte. Levante os braços."

Obedeci automaticamente, e ele enfiou minha blusinha em mim. "Preciso pôr o sutiã", comentei quando Joseph voltou ao meu campo de visão. "Não tem ninguém aqui além de nós, e vamos direto pra banheira."

Olhei mais uma vez para a casa ao lado da qual estávamos estacionados. Devia ter pelo menos três andares, com varandas enormes na frente e na lateral e uma linda porta de entrada. Tinha sido construída na própria praia, tão perto daágua que quando a maré subia devia chegar até ela. "Quanto tempo demorou a viagem?"

"Quase dez horas." Joseph envolveu minhas pernas com a saia e eu me levantei, permitindo que ele a ajeitasse e subisse o zíper. "Vamos lá."

Ele desceu primeiro e estendeu a mão para mim.A brisa salgada e revigorante do mar atingiu meu rosto,despertando-me. Os movimentos ritmados das ondas me embalaram desde o momento em que me dei conta de onde estava. Angus não estava por perto, o que era um alívio, já que eu estava sem calcinha e sem sutiã. "Angus dirigiu a noite toda?"

"Trocamos de motorista quando paramos no posto." Virei para Joseph e meu coração se acelerou quando vi a maneira carinhosa e intensa como ele me olhava.

Uma mancha roxa se insinuava em seu queixo, e eu estendi a mão para tocá-la, sentindo um aperto no peito ao acariciar seu ferimento. "Você está machucado em mais algum lugar?", perguntei, ainda me sentindo emocionalmente frágil depois da longa noite anterior.

Ele agarrou meu pulso e levou minha mão até seu coração. "Aqui."

Meu amor... Ele também estava sofrendo. "Sinto muito."

"Eu também." Ele beijou a ponta dos meus dedos, pegou minha mão e me levou para a casa. A porta não estava trancada, e ele foi entrando sem cerimônia. Havia uma cesta de metal em uma mesinha ao lado da porta, contendo uma garrafa de vinho e duas taças amarradas com uma fita. Enquanto Joseph trancava a porta por dentro, peguei o envelope de boas-vindas e o abri. Uma chave caiu na palma da minha mão.

"A gente não vai precisar disso." Ele tomou a chave da minha mão e deixou na mesinha. "Pelos próximos dois dias vamos virar eremitas."

Uma onda de prazer foi tomando conta de mim, seguida de certa perplexidade pelo fato de um homem como Joseph Jonas gostar tanto da minha companhia a ponto de abrir mão da convivência com todos os demais.

"Vamos", ele disse, empurrando-me escada acima. "A gente abre esse vinho depois."

"É verdade. Precisamos de café primeiro."

Dei uma olhada rápida na decoração da casa. Era rústica por fora e moderna por dentro. As paredes de madeira eram brancas e decoradas com fotos em preto e branco de conchas do mar.

A mobília era toda branca, e a maior parte dos acessórios era de vidro e metal. Seria uma coisa até monótona, não fosse a vista maravilhosa para o mar e as cores dos tapetes sobre o piso de madeira nobre e do acervo de livros de capa dura que preenchia as estantes.

Quando chegamos ao andar de cima, minha felicidade aumentou ainda mais. A suíte principal era um espaço totalmente aberto, a não ser por duas colunas de sustentação. Buquês de rosas, tulipas e lírios brancos eram visíveis em quase todas as superfícies disponíveis, até mesmo no chão, em algumas áreas estratégicas.

A cama era enorme, com lençóis de cetim,o que me fez pensar que se tratava de uma suíte nupcial, impressão reforçada pela fotografia em preto e branco pendurada sobre a cabeceira, a imagem de um véu transparente sendo levado pelo vento.

Olhei para Joseph. "Você já esteve aqui antes?"

Ele estendeu a mão e soltou meu rabo de cavalo, àquela altura todo torto e amassado. "Não. Que motivo eu teria para vir aqui?"

Verdade. O único lugar ao qual Joseph levava mulheres era seu matadouro num quarto de hotel — que aparentemente ele ainda mantinha. Meus olhos se fecharam quando começou a alisar meus cabelos com os dedos. Eu não tinha nem energia suficiente para me aborrecer com aquilo naquele momento.

"Tire a roupa, meu anjo. Vou encher a banheira."

Ele se afastou. Abri os olhos e o agarrei pela camiseta. Não sabia o que dizer. Só queria tê-lo por perto. Ele entendeu, porque sabia como eu pensava. "Não vou a lugar nenhum, Demetria." Joseph pegou meu queixo com as mãos e olhou fundo nos meus olhos, mostrando a intensidade que havia me deixado maravilhada desde que o conhecera. "Mesmo se você quisesse ficar com ele, isso não seria suficiente pra eu abrir mão de você. Eu te quero demais. Quero você comigo, na minha vida, na minha cama. Se não puder ter isso, nada mais importa. Aceito o que você quiser me dar, não sou orgulhoso."

Eu me atirei sobre ele, atraída por sua necessidade obsessiva e insaciável por mim, que refletia minha profunda necessidade da companhia dele. Minhas mãos se agarraram à sua camiseta de algodão.

"Meu anjo", ele sussurrou, abaixando a cabeça e colando seu rosto ao meu. "Você também não consegue ficar longe de mim." Ele me tomou nos braços e me carregou até o banheiro.

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Perdoem a demora. :)