bastante impressionados com a capacidade de Mark de explicar como o trabalho da agência — e seu modo de trabalhar com o cliente — agregaria valor à marca.
O fato de Mark permanecer tão tranquilo sob pressão me deixou admirada — ainda mais sob uma pressão exercida por Jonas, que comandava o andamento da reunião sem
fazer o menor esforço.
“Muito bom, senhor Garrity”, Jonas elogiou casualmente quando as conversas se encerraram. “Estou ansioso para ver sua resposta à solicitação de proposta quando for a
hora. O que levaria você a se sentir tentada a experimentar a Kingsman, Demetria?”
Com o susto, comecei a piscar sem parar. “Como?”
A intensidade de seus olhos era avassaladora. Senti que toda a sua atenção estava voltada para mim, o que só me fez admirar ainda mais a tranquilidade de Mark, que foi
obrigado a argumentar sob o peso daquele olhar por uma hora.
A cadeira de Jonas estava voltada para mim, fazendo com que ele me olhasse bem de frente. Seu braço direito repousava sobre a superfície lisa da mesa, com seus longos e elegantes dedos tamborilando sobre o tampo do móvel. Dei uma olhada furtiva em seu pulso por baixo do paletó e, por alguma estranha razão, a visão daquela pequena parcela de pele dourada coberta de pelos escuros fez meu clitóris implorar por atenção. Ele era tão... másculo. Ele refez a pergunta: “Qual dos conceitos sugeridos por Mark você prefere?”.
“Acho que são todos brilhantes.”
Seu lindo rosto permaneceu impassível enquanto ele dizia: “Posso mandar todo mundo sair da sala para ter uma opinião sincera, se é isso que você quer”.
Meus dedos se enrodilhavam pelas extremidades dos apoios de braço da minha cadeira. “Acabei de dar uma opinião sincera, senhor Jonas , mas, se faz questão de saber,
acho que luxúria lasciva a um preço acessível terá mais apelo entre o público em geral. Mas
não sei se...”
“Eu concordo.” Jonas se levantou e abotoou o paletó. “Aí está seu ponto de partida, senhor Garrity. Retomamos o assunto na semana que vem.”
Fiquei ali sentada por um momento, aturdida com o rumo que as coisas haviam tomado. Então olhei para Mark, que parecia oscilar entre o espanto e o encantamento.
Eu me levantei e fui a primeira a tomar o caminho da porta. Minha atenção estava toda voltada para Jonas, posicionado atrás de mim. A maneira como ele se movia, com uma elegância natural e uma economia de gestos absurda, era um atrativo excepcional. Eu não conseguia imaginá-lo na cama como outra coisa além de dominante e agressivo, deixando qualquer mulher louca de desejo de fazer tudo o que ele mandasse.
Jonas não saiu de perto de mim até chegarmos aos elevadores. Ele e Mark
conversaram brevemente sobre os últimos eventos esportivos, mas, ao que parece, eu estava
concentrada demais no efeito que ele causava sobre mim para me preocupar com conversas
sem importância. Quando o elevador chegou, soltei um suspiro de alívio ao embarcar
sozinha com Mark.
“Só um momento, Demetria”, Jonas disse suavemente, puxando-me de volta pelo
cotovelo.
“Daqui a pouco ela desce”, ele informou para Mark quando a porta do elevador se
fechou diante de seu rosto atônito.
Jonas não disse nada enquanto o elevador ainda estava por perto; depois acionou
novamente o botão e em seguida perguntou:
“Você está dormindo com alguém?”.
A pergunta foi feita de maneira tão casual que eu demorei um pouco para registrar o
que ele havia dito.
e havia dito.
Inspirei profundamente. “Por que está me perguntando isso?”
Vi no seu olhar a mesma coisa que havia notado da primeira vez em que nos
encontramos — uma energia absurda e um controle absoluto sobre mim. O que me fez dar
um passo para trás involuntariamente. De novo. Pelo menos dessa vez eu não caí; já era
alguma coisa.
“Porque eu quero comer você, Demetria. Então preciso saber se existe alguém
atrapalhando meus planos.”
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