A gerente do
hotel abriu as portas duplas da nossa suíte, e Cary deu um longo assobio.
“Aí, sim”,
ele disse, puxando-me para dentro pelo cotovelo. “Olha só o tamanho deste
quarto. Dá até pra fazer um solo ginástica artística aqui dentro.”
Ele tinha
razão, mas eu teria que esperar até a manhã seguinte se quisesse tentar. Minhas
pernas ainda estavam trêmulas depois de minha primeira trepada a bordo de um
avião voando.
Uma vista
maravilhosa da vida noturna de Las Vegas se oferecia aos nossos olhos. As
janelas iam do chão ao teto, inclusive num canto adornado por um piano.
“Suítes pra
milionários sempre têm um piano?”, perguntou Cary, abrindo a tampa e ensaiando
uma melodia.
Dei de
ombros e procurei pela gerente, que não estava mais lá. O carpete branco tinha
abafado o ruído de seus saltos altos. A suíte era decorada num estilo Hollywood
dos anos cinquenta. A lareira tinha um revestimento de pedra
rústica e
era adornada com uma obra de arte que parecia uma calota de carro com raios
futuristas emergindo a partir do centro. Os sofás eram verdes com pés de
madeira tão finos quanto os saltos da gerente. A atmosfera retrô envolvia todo o
ambiente, ao mesmo tempo glamouroso e acolhedor.
Um exagero,
na verdade. Eu até esperava ficar em um ótimo quarto, mas não na suíte
presidencial. Só não pedi para trocar porque Cary me presenteou com um sorriso
aberto e dois polegares para cima. Eu não tinha coragem de
acabar com a
alegria dele, então aceitei e me limitei a torcer para que Joseph não estivesse
perdendo dinheiro ao nos colocar ali.
“Ainda está
a fim de um hambúrguer?”, perguntei, apanhando o cardápio do serviço de quarto
em uma mesinha atrás do sofá.
“E uma
cerveja. Ou melhor, duas.”
Cary seguiu
a gerente até o quarto que ficava à esquerda da área de convivência.
Peguei o
telefone vintage para fazer o pedido.
Trinta
minutos mais tarde, depois de me refrescar com um banho rápido e vestir o
pijama, eu estava sentada no tapete comendo fettuccine Alfredo com frango. Cary
devorava seu sanduíche do outro lado da mesinha de centro e me olhava com a
felicidade estampada no rosto.
“Você nunca
come tanto carboidrato assim à noite”, ele comentou entre uma mordida e outra.
“Está para
me descer.”
“Tenho
certeza de que a malhação da viagem também ajudou.”
Estreitei os olhos. “Como é que
você sabe? Você estava desmaiado.”
“Mera
suposição, gata. Quando fui dormir, você estava uma pilha de nervos. Quando
acordei, parecia que tinha fumado um baseado.”
“E Joseph,
como estava?”
“O mesmo de
sempre... Todo careta, mas absurdamente gostoso.”
Dei uma
garfada no macarrão. “Isso não é justo.”
“Quem se
importa?” Ele chamou a atenção para o ambiente ao nosso redor. “Olha só onde
ele pôs a gente.”
“Não preciso
que ninguém pague minhas contas, Cary.”
Ele mordeu
uma batata frita. “E do que você precisa, aliás? Tem toda a atenção dele, aquele corpão à
disposição, acesso a tudo o que ele tem. Não é pouca coisa.”
“Não mesmo”,
concordei, enrolando o macarrão com o garfo. Pela experiência de ter observado
minha mãe a vida toda, eu sabia que o mais importante quando se tratava de
homens poderosos era conseguir sua atenção. “Mas também
não é suficiente.”
“Isso é que
é vida”, decretou Cary, deitado como um deus em uma espreguiçadeira ao lado da piscina.
Ele estava usando um calção verde-claro e óculos escuros, e atraiu um número
enorme de mulheres para perto da água. “Só estou
sentindo
falta de um mojito. Não existe comemoração sem um pouco de álcool.”
Sorri. Eu
estava tomando sol na espreguiçadeira ao lado, curtindo o calor e as gotas d’água
que de quando em quando nos atingiam. Cary gostava de comemorar tudo, uma
característica que eu considerava das mais charmosas. “E
o que
estamos comemorando?”
“A chegada do verão.”
“Muito bem,
então.” Sentei, pus as pernas para fora da espreguiçadeira e amarrei a canga na
cintura antes de levantar. Meus cabelos estavam presos no
alto da
cabeça com uma fivela, ainda úmidos do mergulho na piscina. O sol quente na
pele dava uma sensação agradável, um beijo sensual que diminuía o desconforto
da retenção de líquido — cortesia do período pré-menstrual.
Fui até o
bar da piscina, percorrendo com os olhos as espreguiçadeiras e os guarda-sóis
por trás das lentes roxas dos meus óculos escuros. O local estava apinhado de
hóspedes, muitos deles atraentes o bastante para merecer um segundo e um
terceiro olhar. Um casal em particular chamou minha atenção. Eles se pareciam
comigo e com Joseph. A loira estava deitada, com o tronco apoiado
nos braços e
mexendo as pernas sem parar. Seu acompanhante, lindo, estava deitado ao lado,
com a cabeça apoiada em uma das mãos enquanto a outra percorria
as costas dela.
Ela me
surpreendeu olhando para eles, e o sorriso imediatamente desapareceu de seu
rosto. Era impossível ver seus olhos por trás das lentes dos óculos escuros,
mas com certeza estavam me encarando. Dei um sorrisinho e virei
para o outro
lado, sabendo exatamente como ela se sentia ao pegar outra mulher admirando seu
namorado.
Encontrei
uma brechinha no balcão do bar e fiz um sinal para chamar o atendente.
Ventiladores de teto refrescavam o ambiente, o que me fez querer esperar sentada
quando um dos banquinhos vagou.
“O que você
vai pedir?”
Virei a
cabeça e olhei para o homem que havia falado comigo. “Ainda não sei, mas estou
pensando em um mojito.”
“É por minha
conta.” Ele sorriu, revelando seus dentes impecavelmente brancos, mas meio
tortos. Estendeu a mão para mim, num movimento que atraiu minha atenção para
seus braços bem torneados. “Daniel.”
Eu o
cumprimentei. “Demetria. Prazer.”
Ele cruzou
os braços sobre o balcão e se apoiou sobre eles. “O que traz você a Las Vegas?
Trabalho ou lazer?”
“Vim
descansar um pouco. E você?” Daniel tinha uma tatuagem interessante, uma
inscrição em língua estrangeira no braço direito, na altura do bíceps.
Ele não era
bonito nos termos tradicionais, mas era confiante e educado, algo que eu
admirava mais em um homem do que suas características físicas.
“Estou aqui
a trabalho.”
Olhei para
seu calção de banho e comentei: “Acho que escolhi o emprego errado”.
“Sou vendedor de...”
“Com
licença.”
Ambos nos
viramos para ver quem estava interrompendo nossa conversa.
Era uma morena baixinha vestida
com uma polo escura com seu nome, Sheila,bordado logo abaixo da logomarca do
Hotel e Cassino Jonas. O fone no ouvido e os equipamentos que carregava no
cinto denunciavam que era da equipe de segurança.
“Senhorita
Lovato.” Ela me cumprimentou com um aceno de cabeça. Fiz uma expressão de
surpresa. “Sim?”
“Um garçom pode anotar seu
pedido e levá-lo diretamente até seu guardasol.”
“Legal,
obrigada. Mas não ligo de esperar aqui.”
Vendo que eu
não me movia, Sheila se virou para Daniel. “Se o senhor quiser esperar na outra
ponta do balcão, seus próximos drinques serão por conta da casa.”
Ele sacudiu
a cabeça, depois sorriu para mim. “Vou ficar por aqui mesmo, obrigado.”
“Sinto
muito, mas vou ser obrigada a insistir.”
“Como assim?”
Seu sorriso se transformou em uma expressão de indignação.
“Por quê?”
Incrédula,
fiquei olhando para Sheila sem entender nada até me dar conta do que estava
acontecendo. Joseph tinha mandado que me vigiassem. Ele achava que podia controlar meus passos mesmo à distância.
Sheila me
encarou de volta, com uma expressão impassível. “Vou acompanhá-la de volta até
seu guarda-sol, senhorita Lovato.”
Por um
instante, pensei em transformar o dia dela num inferno, talvez até agarrando
Daniel e dando um beijo na boca dele só para ensinar uma lição ao meu namorado
possessivo, mas consegui me controlar. Ela só estava cumprindo ordens. Era o
patrão dela que precisava repensar suas atitudes.
“Desculpe,
Daniel”, eu disse, vermelha de vergonha. Estava me sentindo como uma criança
que é surpreendida fazendo alguma coisa errada, e aquilo realmente me irritou. “Foi
legal conhecer você.”
Ele encolheu
os ombros. “Se mudar de ideia...”
Senti a
presença de Sheila atrás de mim enquanto voltava para a espreguiçadeira.
De repente,
resolvi me virar para encará-la. “Você precisa intervir só quando alguém vier
falar comigo ou existe uma lista de situações pré-definidas?”
Ela hesitou
por um instante, depois soltou um suspiro. Nem imagino o que devia pensar de
mim — a loirinha bonitinha que era tão pouco confiável que não podia nem
conversar com ninguém. “Tenho uma série de instruções.”
“Imaginei.”
Joseph não deixaria passar nada. Fiquei pensando quando ele tinha elaborado
aquelas instruções, se havia pensado em tudo logo depois de combinarmos que eu
iria a Las Vegas ou a lista estava pronta de antemão. E se já
tinha feito
aquilo com outra mulher. Com Corinne, quem sabe.
Quanto mais eu pensava a
respeito, mais irritada ficava.
“É
inacreditável”, queixei-me com Cary quando ela se afastou e se manteve a certa
distância, como se isso fosse capaz de me fazer esquecer que estava sendo
vigiada. “Agora tenho uma babá.”
“Quê?”
Contei a ele
o que tinha acontecido e o vi cerrar os dentes.
“Isso é
loucura, Demetria.”
“Não me
diga. Eu é que não vou aturar esse desaforo. Joseph precisa aprender que as
coisas em um relacionamento não podem funcionar dessa
maneira.
Depois de falar tudo aquilo sobre confiança...” Desabei na espreguiçadeira.
“Você acha
que ele confia em mim, se precisa mandar alguém me vigiar e não deixar ninguém
nem chegar perto?”
“Não
concordo com isso, Demetria.” Ele sentou e pôs os pés para fora da
espreguiçadeira.
“Não é
certo.”
“E você acha
que eu não sei? E por que ele escolheu uma mulher para fazer isso? Não tenho
nada contra mulheres seguranças. Só estou me perguntando se Joseph mandou que
ela vá comigo até ao banheiro ou se só não quer que um
homem chegue
perto de mim nem para me vigiar.”
“Está
falando sério? Por que você não levanta daí, liga para ele e diz umas poucas e
boas?”
A noção de
que eu estava sendo feita de palhaça se estabeleceu de vez na minha cabeça. “Estou
tramando minha vingança.”
“Ah, é?” Ele
abriu um sorriso malicioso. “Conta mais.”
Apanhei meu
celular na mesinha com tampo decorado que havia entre nós e procurei nos meus
contatos até encontrar o nome de Benjamin Clancy — o
guarda-costas do meu padrasto.
“Oi, Clancy.
É Demetria”, eu disse depois que ele atendeu ao primeiro toque.
Cary
arregalou os olhos por trás dos óculos escuros. “Ah...”
Fiquei de pé
e disse bem baixinho: “Vou subir”.
Ele acenou
com a cabeça. “Está tudo bem”, eu disse em resposta à pergunta de Clancy.
Esperei até chegar ao lado de dentro do hotel, a uma boa distância de Sheila. “Só
queria pedir um favorzinho a você.”
Assim que
desliguei, recebi outra chamada. Sorri ao ver quem estava ligando e atendi com
o maior entusiasmo: “Oi, pai!”.
Ele riu. “Como
está minha garotinha?”
“Arrumando
confusão e achando isso o máximo.” Estendi a minha canga sobre uma poltrona e
sentei. “E você?”
“Evitando
confusão e nem sempre achando isso o máximo.”
Victor Reyes
trabalhava como policial em Oceanside, na Califórnia, motivo pelo qual eu tinha
decidido estudar na San Diego State University. Minha mãe estava passando por
uma fase difícil com seu terceiro marido, e eu andava meio rebelde, arruinando
minha vida para tentar esquecer o que Nathan havia feito comigo.
Sair de
debaixo das asas sufocantes da minha mãe foi uma das melhores decisões que
tomei na vida. O amor incondicional do meu pai por mim, sua única filha, fez
tudo tomar outro rumo. Ele me deu a liberdade de que eu tanto precisava — com
limites muito bem estabelecidos — e me indicou o dr. Travis como terapeuta, o
que serviu como pontapé inicial tanto da minha longa jornada de recuperação
como de minha amizade com Cary.
“Estou com
saudades”, eu disse. Por mais que amasse minha mãe, meu porto seguro era meu
pai, e lidar com ele era muito mais fácil.
“Acho que
você vai ficar contente com o que tenho para dizer. Posso ir para Nova York
daqui a duas semanas, se não for te atrapalhar.”
“Minha nossa,
pai. Você nunca me atrapalharia. Vou adorar te ver!”
“Tem que ser
uma visita bem curta. Chego na quinta de madrugada e volto domingo à noite.”
“Estou muito
feliz! Que legal! Vou me programar. A gente vai se divertir bastante.”
A risada
suave do meu pai fez uma sensação de conforto se espalhar por meu corpo. “Quero
visitar você, não Nova York. Não precisa fazer uma programação turística nem
nada do tipo.”
“Não se
preocupe. Vai sobrar bastante tempo pra gente. E você vai poder conhecer Joseph.”
Só de pensar nos dois juntos já senti um frio na barriga.
“Joseph
Jonas? Você me disse que não tinha nada com ele.”
“Pois é.”
Franzi o nariz. “A gente estava brigado naquele dia. Pensei que estivesse tudo
acabado.”
Ele ficou um
tempo em silêncio. “Está falando sério?”
Fiz uma
pausa também, remexendo-me na poltrona. Meu pai era muito observador. Ele logo
notaria a tensão que havia entre mim e Joseph — inclusive a sexual. “Estou. Não
é uma relação das mais fáceis. Mas eu não sou uma pessoa
das mais
fáceis. As coisas estão meio complicadas, mas a gente está se esforçando para
dar certo.”
“Ele gosta
de você, Demetria?” O tom de voz do meu pai era incisivo e para lá de sério. “Não
interessa quanto dinheiro o cara tem. Ele não é melhor do que você.”
“Não é nada
disso!” Olhei para meus dedos dos pés recém-pintados e percebi que esse
encontro envolveria muito mais do que um pai ciumento sendo apresentado ao novo
namorado da filha. Meu pai tinha uma implicância com homens ricos, graças à
minha mãe. “Você vai entender tudo quando o conhecer.”
“Sei”, ele comentou com a voz
carregada de ceticismo.
“É sério,
pai.” Eu não podia culpá-lo por estar preocupado, já que havia sido minha
própria tendência autodestrutiva de me envolver com indivíduos que não me
faziam nada bem que o levara a me indicar o dr. Travis. Meu pai tinha
ficado
especialmente incomodado com o vocalista de uma banda para quem eu não passava
de uma groupie e com um tatuador que flagrou sendo chupado enquanto dirigia — e
não por mim. “Com Joseph é diferente. Ele me entende.”
“Estou
disposto a dar uma chance a ele, está bom assim? Mando as informações sobre meu
voo assim que comprar a passagem. De resto está tudo bem?”
“A gente vai
ter que fazer anúncios de café com sabor de blueberry.”
Ele fez
outra pausa. “Você está brincando.”
Dei risada. “Bem
que gostaria. A gente vai ter que se virar pra vender aquela coisa! Vou levar
um pouquinho pra casa, pra você experimentar.”
“Pensei que
você me amasse.”
“De todo o
coração. E sua vida amorosa, como anda? Seu encontro foi legal?”
“É... não foi ruim.”
Dando uma
risadinha irônica, perguntei: “E você vai sair com ela de novo?”.
“A ideia é
essa.”
“Que bom que
você me conta tudo em detalhes, pai.”
Ele riu de
novo, e eu ouvi o barulho de sua poltrona preferida rangendo enquanto ele se
mexia. “Você não vai querer saber detalhes da vida amorosa do seu
pai...”
“É verdade.”
Embora eu às vezes me perguntasse sobre como teria sido o relacionamento dele
com minha mãe. Meu pai era o latino bonitão da periferia,
enquanto
minha mãe era a loiraça das colunas sociais que só pensava em dinheiro.
A atração
entre eles devia ter sido irresistível.
Conversamos
mais um pouco, empolgados com a perspectiva de nos vermos de novo. Eu não
queria que nossa relação se tornasse distante depois de me
mudar para
Nova York, por isso fazia questão que nos falássemos por telefone todo sábado.
A ideia da visita dele aplacava um pouco essa preocupação.
Quando
desliguei, Cary entrou, trazendo consigo toda a sua aura de modelo.
“Ainda está
tramando sua vingança?”, ele perguntou.
Eu me
levantei. “Está tudo acertado. Era meu pai. Ele vai pra Nova York na semana que
vem.”
“Sério? Que
legal. Victor é o máximo.”
Fomos até a
cozinha da suíte e pegamos duas cervejas na geladeira. Eu já tinha percebido
que os produtos ali eram os mesmos que havia na minha casa.
Imaginei se
Joseph era mesmo um bom observador ou se tinha conseguido essa informação de
outra maneira — fuçando meus recibos, por exemplo. Seria um
comportamento
típico dele. Reconhecer os limites da minha privacidade não era seu forte, e
mandar seguranças me vigiarem era só mais uma prova disso.
“Quando foi
a última vez que seus pais estiveram no mesmo fuso horário?”, perguntou Cary,
abrindo as cervejas. “Pra não dizer na mesma cidade.”
Nossa... “Sei
lá. Antes de eu nascer?” Dei um longo gole na minha cerveja.
“Um encontro
está definitivamente fora dos meus planos.”
“Um brinde
aos planos inteligentes.” Batemos de leve as duas garrafas.
“Por falar
nisso, eu ia dar uma rapidinha com uma garota que conheci na piscina, mas em
vez disso vim para cá. Lembrei que o plano era passarmos um tempo juntos.”
“Fico
lisonjeada”, comentei, irônica. “Eu estava pensando em descer.”
“Está muito
calor lá fora. Esse sol é de matar.”
“O sol aqui
é o mesmo de Nova York.”
“Engraçadinha.”
Seus olhos verdes brilharam. “Que tal a gente tomar um banho e sair pra
almoçar? Eu pago.”
“Claro. Mas
a tal da Sheila vai querer ir junto.”
“Foda-se
ela. E o chefe dela também. Por que esses ricaços são sempre assim tão controladores?”
“Eles ficam
ricos exatamente porque querem controlar tudo.”
“Que seja.
Prefiro nosso tipo de loucura... Pelo menos nós não estragamos a vida de mais
ninguém além da nossa.” Ele se inclinou sobre o balcão com os braços cruzados
na frente do peito. “Você vai tolerar toda essa palhaçada mesmo?”
“Depende.”
“Do quê?”
Sorri e
tomei o caminho do meu quarto. “Vá se trocar. Conto tudo no almoço.”
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Desculpa a demora gente kkkk tive umas coisas para resolver, maaaaaaaaaaaaaaaas ta aí o capítulo kkk,bjs
Rola mais um hoje????
ResponderExcluirPor favooooooooooooor!!!
Quero saber o plano mandkajsa
Mais um !! Mais um!! Fiquei preocupada e louca por vc nao ter postado!! Quero saber o swgredo do joe logoooo!
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