quarta-feira, 16 de julho de 2014

Capítulo 12

Eu tinha acabado de arrumar minha mala para a viagem de volta quando ouvi o som inconfundível da voz de Joseph na sala da suíte. Uma carga de adrenalina inundou minhas veias. Teríamos que conversar sobre o que eu havia feito no fim de semana, apesar de termos nos falado na noite anterior, antes de Cary e eu cairmos na balada, e de novo naquela manhã, quando acordei.
Eu ficava agoniada por ter que me fingir de boba. Estava ansiosa para saber se Clancy havia providenciado tudo o que eu tinha pedido. Na última vez em que tinha falado com o guarda-costas do meu padrasto, ele me garantiu que tudo ocorrera conforme o planejado.
Descalça, passei pela porta aberta do meu quarto bem a tempo de ver Cary saindo da suíte. Joseph estava sozinho na sala, com os olhos vidrados em mim, como se estivesse esperando que eu aparecesse a qualquer momento. Estava usando jeans bem folgado e camiseta preta, e minha saudade era tão grande que meus olhos até arderam.
“Oi, meu anjo.”
 “Oi, garotão.”
O lindo contorno de sua boca se estreitou por um momento. “Fiz alguma coisa em especial para merecer esse tratamento?”
“Bom... você é mesmo um garotão. E é o apelido de um personagem que eu sempre achei um tesão.”
“Não gosto nada da ideia de você achar alguém um tesão, seja uma pessoa de verdade ou um personagem.”
“Você se acostuma.”
Sacudindo a cabeça, ele começou a vir na minha direção. “Assim como precisei me acostumar ao lutador de sumô que você mandou ficar na minha cola?”
Tive que morder a parte de dentro da minha bochecha para não rir. Não tinha mencionado nenhum tipo físico específico quando pedi para Clancy arranjar alguém que ele conhecesse em Phoenix para ficar vigiando Joseph assim como Sheila estava me vigiando. Simplesmente indiquei que fosse um homem e passei uma lista relativamente pequena de situações nas quais ele deveria interferir.
“Aonde Cary foi?”
“Ao cassino. Arrumei umas fichas para ele.”
“Não está na hora de ir embora?”
Ele foi reduzindo lentamente a distância entre nós. Havia um perigo inerente àquela maneira como ele se aproximava. Era algo visível na posição de seus ombros e no brilho de seus olhos. Eu até ficaria mais preocupada se a sinuosidade do seu andar não sugerisse uma atmosfera tão abertamente sexual. “Você está menstruada?”
Fiz que sim com a cabeça.
“Então vou ter que gozar na sua boca.”
Minhas sobrancelhas se ergueram. “Ah, é?”
“É.” Ele sorriu. “Não se preocupe, meu anjo. Cuido de você primeiro.”
Ele me pegou no colo, levou-me até o quarto e me jogou na cama. Quando consegui respirar, sua boca já estava cobrindo a minha em um beijo profundo e sedento. Fui arrebatada por sua paixão e pela sensação gostosa de seu peso me prensando no colchão. Ele cheirava tão bem. Sua pele era tão quente.
“Senti sua falta”, murmurei, abraçando-o com os braços e as pernas.
“Apesar de você ser bem irritante às vezes.”
Joseph grunhiu. “Você é a mulher mais enervante e provocadora que já conheci.”
“Bom, é que você me deixou muito brava. Não sou propriedade sua. Você não pode...”
“Você é, sim.” Ele mordeu a ponta da minha orelha, causando uma dor que me fez gritar. “E eu posso, sim.”
“Então você também é. E eu também posso.”
“Isso você já demonstrou. Faz ideia de como é difícil fechar um negócio quando a outra parte é obrigada a manter uma distância de pelo menos um metro?”
Gelei, porque a regra da distância mínima de um metro se aplicava apenas a mulheres. “Por que a outra parte precisaria ficar tão perto de você?”
“Para apontar coisas importantes na planta que estava aberta em cima da mesa e para entrar no foco da câmera para uma teleconferência... duas coisas que você dificultou bastante.” Ele ergueu a cabeça e me encarou. “Eu estava trabalhando.
Você estava se divertindo.”
“Não importa. Se pode fazer isso, eu também posso.” E fiquei bem contente com o fato de Joseph ter achado tudo aquilo inconveniente, assim como eu.
Ele agarrou a parte de trás da minha coxa e abriu ainda mais minhas pernas.
“Nossa relação não pode funcionar em pé de igualdade.”
“Claro que pode.”
Ele se posicionou entre as minhas pernas e começou a remexer os quadris, esfregando toda a extensão de sua ereção contra mim. “Não mesmo”, ele repetiu, agarrando meus cabelos para me manter imóvel.
Com seus movimentos, ele massageava meu clitóris hipersensível. A costura de sua calça estava no lugar perfeito para estimular ainda mais meu desejo por ele, que fazia meu sangue ferver. “Pare com isso. Não consigo pensar em mais nada com você fazendo isso.”
“É só não pensar. Apenas ouça, Demetria. Minha posição e meu patrimônio fazem de mim um alvo. Você entende o que isso quer dizer, sabe o que significa conviver com o dinheiro e a atenção que atrai.”
“Aquele cara no bar não era uma ameaça a você.”
“Isso é discutível.”
A irritação tomou conta de mim. Essa falta de confiança me deixava
maluca, especialmente quando vinda de uma pessoa que guardava tantos segredos.
“Sai de cima de mim.”
“Estou muito bem aqui.” Ele mexeu de novo os quadris, esfregando-se em mim.
“Estou brava com você.”
“Percebi.” Ele não parava de se mexer. “Mas vai gozar mesmo assim.”
Empurrei os quadris dele, mas Joseph era pesado demais. “Quando estou brava não consigo!”
“Então prove.”
Ele era muito convencido, o que fez minha raiva aumentar ainda mais.
Como não conseguia virar a cabeça, fechei os olhos. Ele não se abalou e continuou se esfregando em mim. A presença de roupas entre nós e a ausência de penetração me fez reparar ainda mais na fluidez elegante de seus movimentos.
Aquele homem sabia trepar.
Joseph não se limitava a pôr o pau para fora e enfiar numa mulher. Ele sabia usá-lo por inteiro, explorando a sensação de atrito, experimentando diferentes ângulos, alternando a profundidade da penetração. As nuances de suas habilidades eram visíveis até mesmo quando eu estava debaixo dele, preocupada apenas com as sensações que despertava em mim. Mas, naquele momento, tudo aquilo era mais que visível.
Lutei contra o prazer, mas não consegui conter um gemido.
“Isso, meu anjo”, ele murmurou. “Está vendo como estou por sua causa?
Está vendo o que você faz comigo?”
“Não use o sexo para me castigar”, reclamei, afundando os calcanhares no colchão.
Ele parou por um momento, depois começou a lamber meu pescoço, ondulando mo corpo como se estivesse me comendo através das roupas. “Não estou bravo, meu anjo.”
“Que seja. Você está querendo me manipular.”
“E você está me deixando louco. Sabe o que aconteceu quando me dei conta do que você tinha feito?”
Estreitei os olhos e o encarei. “O quê?”
“Fiquei de pau duro.”
Meus olhos se arregalaram.
“E em público, com todas as inconveniências possíveis.” Ele agarrou um dos meus seios, passando o polegar no meu mamilo endurecido. “Precisei esticar uma conversa que já estava encerrada enquanto me acalmava. Fico excitado quando você me desafia, Demetria.” Sua voz se tornou mais grave e mais rouca, exalando sexo e pecado. “Fico com vontade de comer você. E depois comer de novo, de novo e de novo.”
“Ai, meu Deus.” Meus quadris se ergueram, e eu senti meu ventre se contrair de vontade de gozar.
“E, como não posso”, ele murmurou, “vou fazer você gozar assim, e depois você vai Soltei um gemido, com água na boca diante da perspectiva de fazer aquilo por ele. Ficávamos sempre em sintonia na hora de fazer amor. O único momento me fazer gozar com a sua boca.”
em que ele se esquecia de mim e se concentrava somente no próprio prazer era quando eu o chupava.
“Isso mesmo”, ele sussurrou, “continue esfregando a bocetinha assim em mim. Porra, como você é gostosa...”
“Joseph.” Minhas mãos percorriam suas costas e suas nádegas contraídas.
Meu corpo se arqueava todo na direção dele. Gozei com um gemido bem longo, e a tensão entre nós se tornou alívio.
Joseph cobriu minha boca com a dele, saboreando os ruídos que eu fazia sob seu corpo. Agarrei seus cabelos e retribuí o beijo.
Joseph se virou para ficar debaixo de mim e abriu a braguilha da calça.
“Agora, Demetria.”
Fui deslizando pela cama, tão ansiosa quanto ele para senti-lo em minha boca. Assim que tirou a cueca, peguei seu pênis com as mãos e o abocanhei.
Soltando um gemido, Joseph apanhou um travesseiro e posicionou sob a cabeça. Quando seu olhar se encontrou com o meu, fui ainda mais fundo com a boca.
“Isso”, ele sibilou, enroscando os dedos nos meus cabelos. “Chupa bem forte e bem rápido. Quero gozar.”
Senti seu sabor e a delicadeza da sua carne quente na minha boca. Depois fiz o que ele mandou.
Sugando o ar das bochechas, eu o engoli até a garganta, depois voltei até lá em cima. E de novo, e de novo, concentrando-me na sucção e na velocidade, já que ele estava louco para gozar, e incentivada por seus gemidos e seus dedos que se contorciam agarrando as cobertas. Seus lábios estavam cerrados, sua mão ditava meu ritmo.
“Nossa.” Ele me observava com os olhos obscurecidos de prazer. “Adoro quando você me chupa. Como se estivesse sedenta por mim.”
E eu estava. Mais do que imaginava ser capaz. O prazer dele significava muito para mim, porque era autêntico e irrefreável. Para Joseph, o sexo sempre havia sido algo ensaiado e metódico. Ele não conseguia se segurar porque seu desejo por mim ia além da razão. Dois dias sem mim e ele já estava se sentindo... incompleto.
Eu o masturbava com a mão, sentindo suas veias grossas pulsando sob a pele macia. Um som crispado escapou de sua garganta e eu senti um líquido salgado se espalhar por minha língua. Ele estava quase lá, com o rosto todo vermelho, os lábios entreabertos e a respiração ofegante. Suor brotava da minha testa. Minha excitação crescia junto com a dele. Ele estava totalmente à minha mercê, com a cabeça voltada unicamente para a necessidade do clímax, murmurando palavras sujas e sensuais sobre o que faria na próxima vez que trepássemos.
“Isso, meu anjo. Isso... me faz gozar.” Suas costas se arquearam e seus pulmões se inflaram. “Caralho.
Sua gozada foi como a minha — intensa e brutal. O sêmen jorrou em um jato grosso e quente que eu tive de me esforçar para dar conta de engolir. Ele disse meu nome em um grunhido, empurrando os quadris na direção da minha boca, conseguindo o que queria de mim, esvaziando-se completamente.
Depois ele se curvou na minha direção e me puxou num abraço bem apertado junto ao peito ofegante. Ficamos abraçados durante um bom tempo. Ouvi seu coração desacelerar aos poucos e voltar ao ritmo normal.
Enfim ele disse alguma coisa, com a boca colada aos meus cabelos. “Obrigado.
Eu estava precisando.”
Sorri e o apertei mais um pouco. “O prazer foi todo meu, garotão.”
“Senti sua falta”, ele disse baixinho, com os lábios grudados na minha testa. “Senti demais. E não só por causa disso.”
“Eu sei.” Precisávamos daquilo — da proximidade física, do frenesi do toque, da exaltação do orgasmo — para liberar uma parte das emoções arrebatadoras que tomavam conta de nós quando estávamos juntos. “Meu pai vai me visitar em Nova York na semana que vem.”
Joseph ficou paralisado. Levantando a cabeça, ele me lançou um olhar irônico. “E você me conta isso enquanto ainda estou com o pau pra fora?”
Dei risada. “Peguei você desprevenido, hein?”
“Porra.” Ele me deu um beijo na testa e começou a ajeitar a roupa. “Você já sabe como vai me apresentar? Em casa ou num restaurante? Na sua casa ou na minha?”
“Na minha, e eu cozinho.” Estiquei-me e comecei a alisar minha blusa com a mão.
Ele concordou, mas seu humor mudou. Meu amante satisfeito e feliz de alguns momentos antes fora substituído pelo homem sério que sempre marcava presença ultimamente.
“Você prefere outra coisa?”, perguntei.
“Não. É uma ideia boa. Ele vai se sentir mais confortável na sua casa. Eu faria o mesmo.”
“Sério?”
“Sim.” Ele apoiou a cabeça em uma das mãos e me olhou, tirando meus cabelos da frente do rosto. “É melhor não ficar ostentando minha riqueza se pudermos evitar.”
Respirei fundo. “Nem pensei nisso. Só achei que ficaria menos tensa
fazendo bagunça na minha cozinha do que na sua. Mas você tem razão. E vai dar tudo certo, Joseph. Quando ele perceber o que você sente por mim, vai aprovar nosso relacionamento.”
“Isso só me interessa se for capaz de interferir no que você sente por mim.
Se ele não gostar de mim e isso mudar as coisas entre nós...”
“Isso só depende de você.”
Ele acenou com a cabeça, o que não aliviou muito minha preocupação com o que estava sentindo. Muitos homens ficam nervosos ao conhecer os pais da namorada, mas Joseph não era esse tipo de pessoa. Ele não se abalava. Na maioria das vezes. Queria que ele e meu pai ficassem tranquilos e à vontade um com o outro, sem nenhuma tensão ou animosidade.
Resolvi mudar de assunto. “Deu tudo certo lá em Phoenix?”
“Sim. Uma das gerentes do projeto percebeu algumas anomalias nas contas, e fez bem em me chamar pra analisar melhor a situação. Gente corrupta é uma coisa que não tolero.”
Estremeci, lembrando-me do pai de Joseph, que sumira com milhões de dólares de seus investidores antes de se matar. “E qual é o projeto?”
“Um resort com campo de golfe.”
“Casas noturnas, resorts, condomínios de luxo, vodca, cassinos... e uma rede de academias de ginásticas pra manter o pique?” Pelo site das Indústrias Jonas eu sabia que Joseph também era dono de empresas de software e games, além de uma rede social para jovens profissionais de grandes centros urbanos.
“Você é um deus do prazer em vários sentidos, então.”
“Deus do prazer?” Sua expressão parecia bem-humorada. “Gasto toda a minha energia idolatrando você.”
“Como foi que você ficou tão rico?”, provoquei, instigada pela lembrança das insinuações de Cary sobre Joseph ter acumulado tanto dinheiro com tão pouca idade.
“As pessoas gostam de se divertir, e não economizam nisso.”
“Não foi isso que eu quis dizer. Como surgiram as Indústrias Jonas? De onde veio o capital pra começar tudo?”
Seus olhos brilharam de curiosidade. “Como acha que eu consegui esse dinheiro?”
“Não faço a menor ideia”, respondi com toda a sinceridade.
“Blackjack.”
Pisquei, confusa. “Na mesa de jogo? Está de brincadeira comigo?”
“Não.” Ele deu risada e me abraçou mais forte.
Eu não conseguia imaginar Joseph como um jogador. Graças ao segundo marido da minha mãe, eu sabia muito bem que a jogatina era um vício terrível e insidioso que levava à total falta de autocontrole. Uma pessoa tão contida quanto Joseph jamais sentiria atração por algo que dependesse tanto do acaso e da sorte.
Foi quando entendi tudo. “Você conta as cartas...”
“Contava”, ele admitiu. “Agora não jogo mais. E os contatos que fiz na mesa foram tão importantes quanto o dinheiro.”
Tentei digerir aquela informação, lidar com ela, e depois amenizar um pouco as coisas. “Me lembre de nunca jogar baralho com você.”
“Strip poker pode ser divertido...”
“Pra você.”
Ele foi descendo uma das mãos e apertou minha bunda. “E pra você também. Você sabe como eu fico quando tira a roupa.”
Dei uma olhada de relance para meu corpo totalmente vestido. “E quando não tiro também.”
Joseph abriu um sorriso malicioso, sem o menor pudor.
“Você ainda aposta?”
“Todos os dias. Mas só nos negócios e com você.”
“Comigo? Com nossa relação?”

Seu olhar se encheu de ternura e me provocou um nó na garganta. “Você é o maior risco que já assumi.” Ele me beijou de leve na boca. “E o maior prêmio que já ganhei.”
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Está ai mas um, gente sigam e comentem muito.bjs

Um comentário:

  1. Aii joe fofuxooooi!!! Queri ele falando mais sobre si mesmo!Posta mais!

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